Contos de Fadas pt.1



Eu tinha tanta coisa à dizer, mas tudo foi-se em fração de segundos, foi apenas seu olhar cruzar o meu, e lá se foi, todo discurso frio e montado que eu tinha para me esquivar do seu doce abraço. Eu sei que seria apenas algumas palavras, e eu já tinha de cor e salteado, o que queria falar, tudo que eu precisava era mostrar o quão insignificante tu eras, o quão importante fostes e tudo fora jogou. E agora já não restavam apenas meras palavras, foi-se tudo e hoje apenas o nada restou.
Mas foi quando de longe me sorriu o sorriso mais singelo e caridoso que o mundo já havia visto que sorriso era aquele? O milagre de minha alma? Ou a total perdição? Um pulo para um abismo?
Não pude responder nada assimilava, a pulsação ficou lenta e disparou de repente. Tentei me conter respirar fundo e não olhar em teus olhos acho que estava vermelha, eu sempre fico atordoada quando estou em uma cilada. Digo cilada, pois ali só havia dois caminhos, ou eu me rendia, ou eu aplicava tudo que havia planejado, não consegui tomar decisão nenhuma, além de tudo ainda estava tentando não tropeçar enquanto dele me aproximava, queria passar a imagem de uma mulher madura, afinal foram seis meses sem vê-lo.Foi ficando mais curto o espaço que me separava do filho da puta que fez a merda do meu mundo girar por longo curto prazo. A vontade era de sair correndo, mas ali permaneci, parei quando faltavam apenas 4 passos, meu celular tocou: me apavorei e quando fui pegá-lo e ele foi lindamente de encontro ao chão, e ele me ajudou a pegar bateria que foi para um lado, chip que foi para o outro. Enfim, ali estava ele lindo sorrindo e dizendo que eu continuava a mesma, linda e atrapalhada, acho que estava vermelha coral, mas fingi não me importar.Esses seis meses afastados me fez um pouco fria, um tanto quanto racional. Mesmo sentindo o sangue escorrer rapidamente por todo meu corpo, eu fingi não sentir nada, mesmo queimando de nervoso por dentro e suando embaixo da nunca, eu fingi que não prestava muita atenção nas baboseiras que ele falava.Mas isso não durou por muito tempo. A voz dele... Ah aquela voz, que voz incrível e envolvente, acho que boa parte ter me apaixonado foi por causa de sua voz, me acalmava e me irritava ao mesmo tempo. Tudo dependia muito dele, ele era o causador de tantos malabarismos de sentimentos, era como um circo em que ele o circense que fazia uns truques mirabolados, só para me confundir. Ele tanta coisa me perguntou, e eu o respondia com algumas breves respostas.



[...continua]


 - Paolla Cristiny

Deixe sua opinião

 
© Copyright - Mariely Abreu - Design e Codificação - Todos os direitos reservados Voltar ao Topo!